ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS DE GESTÃO

As competências de gestão representam o entendimento e a capacidade de executar certa atividade e o conhecimento especializado e a capacidade analítica que cada executiva entrevistada apresenta no desempenho de suas funções. Como resultado de nossa experiencia em processos de busca e seleção de executivos, agrupámos estas competências em oito habilidades principais:

Planejamento Estratégico

  • Estabelece metas de longo-prazo com relativa facilidade.
  • Identifica riscos e estabelece planos de ação.
  • Define estratégias vencedoras.

Gestão de Crise e Conflitos

  • Enfrenta situações críticas e conflitos com impacto direto no negócio.
  • Gerencia apropiadamente situações complexas.

Gestão de Relações na Organização

  • Possui experiencias de sucesso em organizações complexas e diversas.
  • Posiciona-se na organização exercendo sua influência e gerenciado relações a todos os níveis.
  • Trabalha em equipes coesas, rompendo silos e estabelecendo alianças.

Entendimento do Negócio

  • Conhece bem o negócio, seu papel e seus principais drivers de negócio.
  • Sabe como se constroi o P&L.
  • Conhece as políticas, as tendencias, a tecnología e a informação que podem impactar o futuro da organização.

Inovação

  • É uma agente de mudança ativa e proativa
  • Contribui sustentadamente para o resultado do negócio através de iniciativas de impacto positivo.

Criação de Valor

  • Preparada para tomar decisões complexas e de qualidade, criando valor para o acionista.
  • Reconhece tendencias que podem afetar o negócio.
  • Realiza benchmarks permanentes para identificar melhores práticas.

Liderança de Equipes

  • Conduziu, atraiu, desenvolveu, reteve e gerenciou talento com as competências e as habilidades necessárias para a criação de valor.
  • Cria, comunica e se compromete com uma visão clara para o futuro do negócio.

Organização, Planejamento e Gestão

  • Através da liderança da organização e seus processos foi capaz de maximizar resultados.
  • Conduz análises qualitativas e quantitativas bem como avaliações oportunas sobre os fatores chave e seu impacto na organização.

O resultado deste estudo mostra-nos que as competências de gestão diferem de uma região para outra, muito provavelmente influenciadas pela realidade de cada país. No entanto, na análise final dos resultados, a competência “Liderança de Equipes” é aquela que mais se destaca, obtendo a avaliação mais alta quando comparada com todas as outras competências analisadas.

Em seguida podemos destacar, em importância, a “Organização, Planejamento e Gestão; a Gestão de Crise e Conflitos; e, finalmente, “Gestão de Relações na Organização”.

Planejem suas careiras e assumam essa reponsabilidade. Não deixem que outros façam isso por vocês. Cuidado com chefes tóxicos. Se tiverem um chefe tóxico, procurem mudar rapidamente.

Ao analisar individualmente as diferentes zonas geográficas, podemos verificar que as competências de gestão variam bastante.Por exemplo, no Brasil e na Região Andina, a habilidade que mais se destaca é a “Liderança de Equipes, algo que não acontece nas demais regiões. Mas, ainda assim, esta habilidade sempre aparece como muito bem avaliada, situando-se sempre no terço superior da média de todas as habilidades analisadas.

Já na Região Ibérica, a habilidade que mais se destaca dentro das competências de gestão é o “Entendimento do Negócio”, ou seja, a capacidade para reconhecer o ambiente, as tendencias e demais fatores que impactam o negócio. Na Região Ibérica podemos também destacar a “Liderança de Equipes” como uma das habilidades melhor avaliada. Já na região do Cone Sul, a “Gestão de Relações na Organização” é a habilidade que mais se destaca, sendo que esta se relaciona muito com o trabalho em equipe e com a capacidade de criar laços para além do negócio.

No México, a “Gestão de Crise e de Conflitos” tem o maior destaque, muito provavelmente pelo ambiente difícil e de enorme complexidade que as executivas mexicanas tiveram de enfrentar e vivenciar nos últimos anos. No México podemos destacar ainda a “Liderança de Equipes” e a “Organização, Planejamento e Gestão” como habilidades bem avaliadas.

De destacar ainda a enorme oportunidade de desenvolvimento que habilidades como “Inovação”, “Planejamento Estratégico” e “Criação de Valor” representam para a região da IberoAmérica.Mais do que debilidades, são pontos de desenvolvimento para a maioria das executivas, especialmente se compararmos os resultados com o que acontece no resto do mundo, onde os temas relacionados com Transformação se encontram na agenda das grandes organizações. Mas insistimos, mais do que considerar uma debilidade o menor desenvolvimento dessas habilidades de gestão, entendemos que seja uma oportunidade. O contexto de negócios que a grande maioria destas executivas teve de enfrentar e liderar, inclusive para a sua própria afirmação enquanto líderes, fizeram que outras habilidades igualmente importantes ganhassem destaque. Habilidades como “Liderança de Equipes”, “Entendimento do Negócio”, ou ainda “Organização, Planejamento e Gestão” são um muito bom exemplo dessa afirmação.Ao analisarmos os resultados por função destacamos a “Gestão de Crise e de Conflitos”, a “Criação de Valor” e a “Gestão de Relações” como aquelas mais bem avaliadas pelas Conselheiras; e a “Liderança de Equipes e o “Entendimento do Negócio” como aquelas que mais se destacam nas CEO e Diretoras Gerais.

Não existe um teto de cristal, o limite somos nós que o colocamos a nós próprias; temos que atrever-nos e avançar. Façam um mapa estratégico das suas carreiras; planejem suas carreiras.

A análise das competências de gestão não ficaria completa sem uma observação mais detalhada por setores de atividade.

Brasil por Setores de Atividade

Existe, como anteriormente mencionado, uma maior concentração do resultado “Alto” nas habilidades “Liderança de Equipes” e “Gestão e Organização” quando comparados a “Inovação”, “Planejamento Estratégico“ e “Criação de Valor.”Assim, é legitimo afirmar que o valor agregado das executivas por nós entrevistadas encontra-se, sobretudo, na formação, gestão e liderança de equipes de alta performance, na criação de processos, no planejamento e na organização em geral. Estes resultados são transversais a todos os setores de atividade e representam uma enorme oportunidade para as gerações futuras de executivas.

Não temos que fazer as coisas só por fazer. Temos de ser sérias em analisar e questionar as coisas sob todos os ângulos